#46 Opinião - Blue Ruin



Vingança. Em meados de 2011 a 2014 pode se dizer que esse tema foi bastante abordado, e de forma interessante com O Som ao Redor, Django, O Lugar Onde Tudo Termina e Blue Ruin.




Linear, o longa silencioso resolve-se através de imagens, sem verborragia (embora alguns diálogos, principalmente do início poderiam ser melhor resolvidos). Direto, Blue Ruin não se perde em rodeios filosóficos, é simples: Como seria se esse cara, aparentemente comum, resolvesse vingar-se de outra pessoa de forma ilegal?

O filme de Jeremy Saulnier tem esse diferencial para Django, no qual o protagonista executa sua revenga com auxílio de uma advogado que não o deixa pisar fora da lei. Em Blue Ruin é a constante quebra das regras sociais e legais que deixa mais apreensivo o espectador e mais carregada de sentido a obra, embora, algumas poucas vezes, certos acontecimentos pareçam inverossímeis do ponto de vista das consequências dos atos dos personagens.

A direção de arte permite momentos de tranquilidade em meio a toda essa tensão, dando um ar de que embora complicada seja a situação do personagem, ele está disposto a passar por tudo isso, pois tem um objetivo maior que sua própria existência.

Sem julgamentos morais, uma pergunta conduz o filme até seu final eletrizante:

Quem é a ruína azul?

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