#37 Opinião - Cubo (1997)





Suspense - 1997


Com uma boa quantidade de filmes medianos, segundo a crítica, Vicenzo Natali tem seu primeiro longa-metragem em “Cubo”, de 1997. Depois disso ele faria mais filmes com um nome só (de Cypher em 2002 e Splice em 2009 a Haunted em 2013).

Com uma ideia de cenário minimalista, o filme tem uma direção de atores do mesmo tamanho, porém a proposta filosófica por trás do filme parece ter mais potencial, ainda que não explorado, que grandes clássicos dos filmes-sobre-o-sistema.

Aqui vemos o clichê de um grupo que deve se unir para chegar a seu objetivo, que seria, no entanto, escapar de um cubo misterioso com várias armadilhas. Todavia, a qualidade das atuações é inversamente proporcional à da representação das características dos personagens, as quais refletem na realidade do próprio espectador.

O policial de função ambígua, a psicóloga desequilibrada e os jovens indecisos compõem uma representação da sociedade que, ainda que seja a melhor parte, é totalmente secundarizada na trama e encoberta pela péssima atuação dos atores, por assim dizer, que deixa o filme um tanto engraçado, porém, forçado quando começa a tratar das seriedades do tema.

Cubo é divertido, porém, falho. Não é entediante, no entanto, torna-se vazio como seus cenários, os quais têm algumas pistas apenas sobre o que eles (e o filme) realmente são ou o que representam.

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