#15 Review: Batman Arkham Asylum



Batman: Arkham Asylum (2009)


Desenvolvedoras: Rocksteady
Publicadoras: Eidos Interactive, Warner Bros. Interactive, DC Entertainment e Square Enix.
Distribuidoras: Time Warner e Square Enix.
Gêneros: Ação/aventura, Beat'em up e Stealth.
Escritor: Paul Dini





                       Nota: 95
      Metacritic: 91 (PC) - 91 (PS3) - 92 (X360)




Batman: Arkham Asylum é uma adaptação da série de quadrinhos de Batman, da DC Comics, especificadamente da HQ Arkham Asylum, mas que possui inúmeras referências a outras revistas. Lançado no dia 25 de agosto de 2009 para PlayStation 3 e Xbox 360, saindo para PC apenas no dia 15 de setembro de 2009.

O jogo começa num dia normal da rotina do homem-morcego: Batman prendendo vilões, no caso, o Coringa. Porém, o Coringa logo muda isso, mostrando realmente porquê se deixou levar até o Asilo Arkham tão facilmente dessa vez. Ele havia preparado uma "festinha" para Batman. Como a Prisão de Blackgate havia sofrido um incêndio recentemente, vários prisioneiros foram transferidos temporariamente para Arkham Asylum, mesmo tendo plenas condições mentais e que em sua maioria aliaram-se ao Coringa. Arlequina, a ex-doutora Harley Quinn, toma a segurança de Arkham, fazendo com que o Coringa consiga escapar dos guardas e de Batman, tomando controle de toda a ilha, com o objetivo de apoderar-se de um composto químico chamado de Titan, baseado na droga Venom que dá forças a Bane, porém muito mais potente. Assim, ele pretende criar um exército de prisioneiros da Blackgate em conjunto com as plantas mutantes da Hera Venenosa, espalhadas pela ilha.

A jogabilidade de Batman: Arkham Asylum foi tão bem planejada e recebida que acabou servindo como divisor de águas para o combate de jogos em 3pessoa, o que proporcionou uma nova definição de jogos: o "combate tipo Batman", que consiste em um combate com vários inimigos ao mesmo tempo, muito fluído, fácil de aprender e difícil dominar. Boa parte da fluidez presente no combate é pelo jogo ser uma adaptação de um quadrinho, onde a movimentação não é nem um pouco realista, possibilitando combos inimagináveis, com Batman "voando" de lá para cá, derrotando os inimigos. Além disso, é responsável pela imensidão de jogos de hoje-em-dia com o combate baseado em counter, onde poucos acertam nesse ponto, pois é necessária uma nivelação muito boa para que o jogo não se torne nem muito fácil e nem frustrante demais, para que ele se torne desafiador. Exatamente o que Batman se propõe a ser.

Uma das armas principais de Batman, acaba se tornando o stealth, estranho isso ser um ponto forte num jogo reconhecido por seu combate corpo-a-corpo, mas totalmente condizente com Batman. Por ser muito vulnerável à armas de fogo, o jogador usa todas as habilidades oferecidas pelo cinto de utilidades, tornando-se o Predador Invisível, derrotando um por um, sem ser visto, estabelecendo o medo e pânico nos inimigos.

Um dos grandes motivos dele ser desafiador são os coletáveis: charadas que Edward Nigma, o Charada, deixou para  que "alguém de inteligência que se equipare a minha" resolvesse-os, mais especificadamente, Batman. Existem vários tipos, desde os mais simples, troféus, até as charadas mais bem elaboradas do jogo, a formação de pontos de interrogação que apenas podem ser vistos de certo ângulo e apenas quando a visão de detetive está habilitada. Isso acabou deixando o jogo com infinidade de easter-eggs de vilões de Batman, incentivando o jogador a explorar cada centímetro do ambiente. Além disso, dá um certo tom de Zelda ao jogo, pelo fato do jogador ir desbloqueando equipamentos ao avançando no jogo, sendo estes, necessários para algum tipo de charada não decifrada que você passou por perto horas atrás, fazendo o jogador revisitar muitas áreas do jogo, mas que sofreram modificações em sua estrutura. As charadas que mais aprofundam um jogador não muito familiarizado com o universo de Batman, são as fitas de entrevista de pacientes, que revelam bastante sobre o passado dos vilões principais do jogo, e as Crônicas do Espírito de Amadeus Arkham, excertos de texto que se complementam e mostram um pouco de como foi o início de Arkham Asylum e outros eventos relevantes dele.

Algo interessante que foi tratado muito bem em Batman: Arkham Asylum é a relação de Batman com os vilões, mais especificadamente, com o Coringa, o único que Bruce Wayne não chama pelo primeiro nome, por ser também o único deles que ele não vê salvação. Jonathan Crane, o Espantalho, é o vilão secundário melhor representado no jogo, por ser o único que Batman teme e o único realmente capaz de derrotá-lo, possuindo partes exclusivas para ele no decorrer do jogo, sendo uma das, senão as melhores partes do jogo inteiro.



Todo o jogo foi planejado com maestria, com o resultado de um jogo extremamente polido, com gráficos que impressionam, já que a Unreal Engine 3 é considerada obsoleta, jogabilidade revolucionária e que marca o retorno de um dos heróis mais famosos do mundo, para o universo gamístico, sendo considerado o melhor jogo de herói já feito até hoje e que se estabeleceu mais ainda por sua sequência lançada em 2011, Batman: Arkham City.

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