#9 Review - To The Moon

To The Moon (2011)

Desenvolvedora: Freebird Games
 Desenvolvido no RPGMaker XP
 Classificação: Drama
 Roteiro: Kan R. Gao
Nota: 90
Metacritic: 82 | Gameranking: 83


"Para quem gosta de histórias geniais"




Para quem não jogou:

To The Moon conta a história de um homem a beira da morte que contratou uma empresa para lhe realizar um último desejo de vida e você controlará dois personagens que possuem um emprego incomum.

Isso é o que se pode dizer de To The Moon para quem ainda não teve a experiência de "jogá-lo", e mesmo que essa curta sinopse não tenha lhe cativado, acredite: Se você gosta de uma boa história, irá ficar com essa na sua cabeça por muito tempo.

O jogo é surpreendente em diversos aspectos, um deles, não o principal, é que esse jogo independente produzido por pouquíssimas pessoas, numa ferramenta bastante "acessível", incrivelmente curto (em torno de quatro a cinco horas de duração) é, mesmo assim, carregado de uma expressão de sentimentos ímpar. Outro aspecto, ainda não o mais intrigante, é que o próprio roteirista e principal nome na produção dessa obra de arte é também compositor das músicas brilhantes.

Mas o que mais surpreende em To The Moon é como ele foi capaz de agradar diversos críticos e jogadores sem sequer ter características fixas de um jogo. Não entendeu? Só há dois remédios: A pílula do spoiler ou o analgésico da curiosidade, e, acredite, é melhor você não saber como se joga esse jogo, antes de testá-lo.

Para quem jogou:

To The Moon é fantástico de um modo científico, assim como é "trágicômico". Nos conta de uma forma nunca vista uma história de amor, pelomenos em um jogo, pois como pode ser visto o game conta com várias características de filmes e jogos conhecidos. Mas nada existe do nada e o que importa é que esse jogo sozinho pode bater mil outros filmes e jogos que gastaram milhões em sua produção.

Freudiano, o jogo usa a temática também usada em A Origem de que memórias ou idéias podem existir sem que você sequer saiba o por que, como é visto no personagem principal John, cujo último desejo de vida é de ir para a lua.

Há momentos em que quando estamos vendo um filme dizemos: Já sei o que vai acontecer. E acontece. Quando fazemos isso e vemos algo diferente do que prevíamos, ou achamos muito ruim ou temos nossas cabeças explodidas e nos surpreendemos com o desenrolar da história.

Na obra de Kan Gao a história é bem contada e as revelações vem bem próximas ao final do jogo, portanto as surpresas estão reservadas para o fim o que pode fazer com que os mais apressados não consigam se apegar ao game. Mas ao seu término, com certeza, será recompensado aquele que se sentou na cadeira e não desligou o PC até zerar To The Moon.

A trama central do jogo é a vida de John e seu relacionamento com River, nomes escolhidos muito bem para o que cada personagem representava. Porém, a história que continua depois de concluída a tarefa dos Doutores Eva e Watt e as pontas sem nós desatados durante o jogo nos deixam esperando por uma nova versão.

Os nós não desatados:

- A frase dita por John antes de morrer para Lily, algo como: "Agradeça a eles por mim".
- Os quadros que estavam em branco na última memória acessível de John, porém que estavam prontos quando os doutores chegam na casa.
- A tela vermelha logo antes do Doutor Neil tomar um analgésico.

Se foi esquecido algum, ou você tem a explicação para um deles, comente!

Links

No site oficial você encontra a trilha sonora para comprar e os jogos curtos e gratuítos de Kan Gao.

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