Sem dúvidas o destaque do filme vai para a interpretação da atriz revelação Jennifer Lawrence no papel da jovem de dezessete anos, Ree Dolly. A complicada missão de Ree é, na verdade, demonstrada de forma seca e simples, o filme conta aquela história e pronto, o grande trunfo porém está na forma como a jornada nos arredores da montanha de Ozark, Missisipi, nos é apresentada.
Às condições de sua família, Ree tem que cuidar de seus irmãos mais novos e notamos na interpretação espetacular de Jennifer que suas responsabilidades foram bem assumidas, e durante a busca pelo seu pai vamos andando com ela sem sermos avisados qual a intenção dela em cada visita que faz a casas dos arredores em busca de pistas. Essa é a carta na manga da diretora Debra Granik, pois nós não sabemos de muito, e Ree também não, essa interação com o público é interessante e mantém a curiosidade de todos, mesmo que não queiramos ver todo o sofrimento da terra esquecida pelos Estados Unidos. Onde não há segurança suficiente, mas com toda certeza permite que jovens se alistem ao exército em troca de um bônus questionável.
As cenas sempre com uma queda para o azul e a presença de umidade no ar, sempre representando o inverno e a frieza das personagens envolvidas na trama dão um ar poético ao filme independente que vale a pena de ser assistido, mas o peso de sua excelência é, principalmente, devido à atriz principal, e isso nem sempre é um bom sinal.
0 comentários: